Exmo. Sr. Presidente da República
Excelência
Chamo-me Inês Esperança, tenho 14 anos e sou estudante do 10º ano na Escola Secundária José Loureiro Botas em Vieira de Leiria.
Gostaria de lhe falar da minha terra, Praia da Vieira de Leiria, retratada no livro “O Crime do Padre Amaro” de Eça de Queirós.
Hoje em dia as suas gentes trabalham nos mais variados sectores, mas num passado recente trabalhavam essencialmente na indústria vidreira e metalúrgica em Vieira de Leiria, nomeadamente na Fábrica de Vidros Dâmaso e Empresa de Limas Tomé Feteira, a primeira recentemente fechada e a última com poucos trabalhadores actualmente. O turismo de verão faz minimizar a falta de trabalho para as suas gentes.
Os fogos florestais, que no ano em que aconteceram me fizeram viver verdadeiros momentos de medo, juntamente com a poluição do rio Lis, são problemas desta terra que espero ver resolvidos com políticas ambientais cada vez mais exigentes, mas o problema que mais me preocupa é o desassoreamento do areal da Praia da Vieira. Todos os anos no Inverno quando o mar se faz bravo o areal quase desaparece, algumas construções como esplanadas muito usadas pelos turistas no verão estão sempre em risco de derrocada e o mais grave é que poderemos a curto prazo ficar sem praia. Estudos anteriores e promessas feitas pelos políticos prevêem a construção de um esporão a sul da praia, que viria salvar a Praia da Vieira. Os políticos que têm vivido este problema dizem não haver verbas para a sua construção.
Os mais antigos contam, e também já vi em algumas fotos antigas, casas a serem levadas pelo mar aqui na Praia da Vieira.
Perante esta preocupante situação gostaria que visitasse a minha terra, no Inverno, para verificar o problema que lhe conto e com a visita de V. Exa. alertar quem tem a capacidade de resolução.
Respeitosamente.
Inês Esperança.
Sem comentários:
Enviar um comentário